quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Borboleta

Não tem jeito. Basta ser mãe uma vez. O frio na barriga, o coração tremendo, a emoção tomando conta de seu ser, é algo eterno quando se tem um filho. As crianças estavam arrumadas para a apresentação da Primavera. Mas, a turma de minha filha não. Pensei e comentei com uma amiga, se a turminha dela e da amiguinha (filha dessa amiga) não iriam se fantasiar. As crianças estavam lindas. Quando para minha surpresa a turma toda se levantou e seguiu para o banheiro. Eu estava na espera, ansiosa para ver o que sairia dali. Ela estava simplesmente maravilhosa. Minha emoção era gigante. Uma linda borboleta. Que menina linda. Linda naturalmente, e com aqueles apetrechos então, beirava a perfeição. A máquina registrava cada passo seu. Podem os anos passar, as datas serem diferentes, as danças com cada objetivo, mas a menina era sempre a mesma. O carisma vindo daquele ser tão inocente, era sempre presente. Meu amor fizera mais uma apresentação, e seus olhinhos seguiam na direção dos meus, com o orgulho próprio de estar se apresentando para alguém de grande importância em sua vida: a mãe. Sim filha, meus olhos estavam grudados em você. Meus olhos estão sempre grudados em você. Pedaço de mim. Meu fruto. Meu amor. Meu orgulho. Meu viver. Basta ser mãe uma vez, para entender o que é ter um pedaço de sua alma, em outra alma. Aquela menina é meu coração, fora de mim. A pessoa mais importante de minha vida. A pessoa que sem a qual, minha vida seria vazia. A pessoa que me faz ter força. A pessoa que me ajuda nas horas tristes. A pessoa que é dona de meu sorriso. Minha amiga. Minha namorada. Minha vida. Minha magia. Minha vida eterna. A festa da Primavera se foi, mas a mesma deixou a mais linda flor...em meu jardim. Minha filha.
Juli

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