quinta-feira, 3 de março de 2011

Nostalgia

Todos nós temos nossos momentos de nostalgia. Encontrar um professor do colegial, por exemplo, nos traz sentimentos de nostalgia. O que difere de se sentir...saudade. Eu tenho saudade de um tempo de minha pré-adolescência...eu tenho saudade da época em que eu jogava futebol, ao invés de estudar para a prova de Física de amanhã. Eu não tenho saudade de tirar uma nota três na prova da professora Fumico, em Biologia. Mas, sei que se encontrar com o Cláudio, meu professor de futebol, vou sem dúvidas, abraçá-lo e sentir uma certa...nostalgia. O que foi vivido e não pode ser mais...vivido. Sinto saudade da turma do colegial...mas, isso não será mais uma nostalgia...eu vou reencontrá-los. Pelos sites de relacionamento, já encontrei muitos. Estou extremamente feliz com esse fato. Alguns, casaram, constituíram família, outros não usam sites e ficam praticamente...excluídos de minha sociedade ativa. Que pena. Saudade do Bocão. Saudade da Monicão. Saudade do Professor Mário. Saudade do Mutti. Saudade do Norberto. Saudade de muita gente. O tempo nessas horas, é meu arqui-inimigo. Me levou e leva, pessoas com tamanha importância em alguma fase da minha vida...e que por descuido...se foram, sem ter como voltar. Aprendi que o tempo é maldoso quando quer. E que por isso, anoto dados dos amigos queridos. Se tirarem do ar, um dia...um site como esses...não quero perdê-los mais uma vez. Agradeço todo dia, por tê-los resgatado. E o amor da pré-adolescência? Outro amor...não o Felipe. O Felipe foi na infância, assim como o Felipe da minha filha. Um amor, escondido. Que ficou no peito, sem nunca ter uma resolução. Eu nunca soube se ele fora interessado em algum momento. Eu nunca me abri. Apenas assisti por meses, um namorico dele...com uma menina do colégio. Vi esse namorico acabar. Vi os dois crescendo, quando me perdi por outros estudos, por outra vida e outros rumos. Nunca mais ouvi falar nos dois. Nem no meu amor, nem na menina que teve o carinho daquele menino. Isso...até alguns anos atrás. Não vou entrar em detalhes, pois hoje ainda não reatamos a amizade como eu gostaria, e não quero que de repente, se ler isto, perceba que é ele mesmo. Admiro suas fotos, quase toda semana. Olho e vejo o que perdi. Não o perdi. Perdi a oportunidade de ter uma resposta satisfatória e a meu favor. Eu me fechei na casca do caranguejo, me escondi, assim...da mesma maneira que fazem outros cancerianos. De uma maneira ou de outra, vou relatando e mostrando também, que tanto faz se eu me esconder ou não. O machucado pode vir. Aprendi isso, com outros amores. Se eu me fechar...me machuco por não tentar. Se eu me abrir...me machuco por ouvir uma resposta negativa. Eu corro um risco também, de ouvir um sim...e tremer meu peito e ver as pernas ficarem bambas. Com isso, me machuco por não saber o que fazer. Me machuco por ter medo e deixar esse amor...passar e me escapar entre as mãos. Eu não sei mais, se gosto de correr riscos.Eu cresci, eu sou mais responsável, sou mãe, não posso admitir jogos amorosos e infantilóides. No quesito amor, eu sempre corri estes riscos. Adrenalina no correr do risco. Isso alimentava a minha alma. O que sinto por esse menino, que hoje é um homem, é nostalgia. Algo que eu não pude ter e não posso fazer voltar atrás para tentar obter. Seria arriscado mais uma vez...a distância. Não quero outra vez essa distância. Demorei anos para encontrá-lo novamente no site de relacionamentos. Isso perdura uns 4 anos já. Nossa amizade não é de todo dia, não é de telefonemas, nem nada mais...Eu percebo, que aquele menininho...é um homem...que também vive em sua casca. A timidez é a sombra. Vamos ver até quando...eu consigo me manter...na minha casca do caranguejo. Me perdoe amigo, mas aquele amor na pré-adolescência...ainda vive...mesmo que em nostalgia.
Juli.

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