sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fui pra diretoria

Com a entrada da minha filha na nova escola, novos problemas foram encontrados e da melhor maneira possível, resolvidos. Problemas infantis, não devem ser atropelados em seu curso...procure sempre, dialogar muito com seus filhos, mesmo que pensem, que sejam tão pequenos e que não entenderiam esse ou aquele assunto. Acredite, eles entendem.
Mesmo que seu filho procure uma mentira para fugir de certos acontecimentos, tenha calma... a verdade sempre é descoberta. E não precisa entrar em pânico, crianças mentem. Em algumas idades crianças mentem, pois ainda estão envolvidas em suas imaginações grandiosas e criatividade esplêndida. Outras ocasiões, se a criança mente para se safar de algo...deve-se chamar a atenção. Dor de cabeça, dor de barriga, dor na mão, para não ir para a escola e no período, brincar ferozmente, sem lembrar de nenhuma dor...e se você perceber que está mentindo, constantemente (todo dia)para alterar e convencer você de algo...procure orientação...saberá como agir. Ela pode realmente estar com algum problema na escola, em casa, na “perua” escolar, ou simplesmente...está mais afim de brincar do que estudar. Mas por favor...não bata no seu filho, por experiência própria, eu sei que não há a menor necessidade de um tapa. Juro. O diálogo ainda é a melhor maneira de ser relacionar, com outro ser humano.
A minha filha...sentia dores de cabeça...todos os dias na escola...melhorando apenas...com o famoso...”cházinho”. O chá...por sua vez...era mágico e milagroso. Tudo não passava de uma fuga infantil.
Fui chamada na escola da pequena, cinco vezes no ano passado. Pasme, apenas UMA tinha relação extrema causada pela minha filha e foi a mais suave e tranqüila...de todas. As outras quatro, foram desentendimentos entre a escola e OUTRA mãe e aluna. Vou explicar...vamos clarear essa nuvem estranha, que agora está dentro do seu crânio.
Na primeira chamada, quando recebi a ligação, meu coração veio até a minha boca, mas por sorte, eu consegui engoli-lo novamente. Eu estava sendo chamada para conversar com a orientadora educacional. Não me adiantaram o assunto, e eu com o susto, também não perguntei muito...Não trabalhei mais naquele dia. Não me alimentei direito. Não sei como eu consegui dirigir. Minha cabeça, estava voando. Eu só conseguia pensar, o que poderia ser? Minha filha querida, o que havia acontecido? Foi necessário...suco de maracujá e calmante natural. Não preguei o olho, tive pesadelos. Pode parecer exagero...mas quem tem filhos, sabe como as preocupações naturalmente apenas...surgem. Eu sou mãe. E sou pai também. Me sinto duplamente...responsável.
As outras ligações, me soaram iguais a primeira. Os sintomas que tive, foram os mesmos.
O que ocorria, era que a amiga Gabriela (cujo pai, explicou-lhe equivocadamente, o que é ser gay – vide post “Mamãe, o que é gay?”)...havia adquirido um sentimento de posse, perante a minha filha. Minha filha como já citei, é de fácil amizade e convívio. No entanto, a outra colega, não permitia que minha filha, tivesse outras amizades. Chorava, se jogava no chão, fazia birras em meio ao pátio do colégio...empurrava as demais que se aproximavam de minha filha, continuava a colocar pertences na lancheira da minha filha, a qual sofrera muito, com tanta pressão. Pense nisso, uma criança de seis anos sofrendo...todos os dias..pressão de um colega na escola. Era um martírio para minha menina. Estava claro para mim, que a menina Gabriela, precisava de ajuda de sua família e de um profissional. Por mais que eu falasse na escola, que acreditava que isso não seriam motivos para me chamarem e sim, apenas a outra mãe, eu respeitosamente e pela minha filha, atendia aos pedidos de presença, feitos pela orientadora. Até a última chamada. Já não suportava mais, tal história. Nesta última chamada...me foi relatado que a minha filha, batera e gritara muito com a outra menina. No entanto...minha filha, chorava, não queria mais ir a escola, não dormia mais, estava sempre com dores...tudo por causa de tanta pressão. Ela simplesmente...explodiu. Apenas concordamos, a escola e eu, de que por opção da minha filha, ela se afastou de tal menina e eu orientaria de que, agressões físicas não são o melhor caminho a se seguir. Sendo assim, se ela fez a opção dela, corretamente ao meu modo de ver, deveria ser respeitada. Soube desta vez, que a criança Gabriela, tinha realmente alguns problemas, necessitando então de psicopedagogos. Talvez ciúmes pelo irmão mais novo. No entanto, concordamos também que isso não era minha filha que resolveria. Jamais poderia ser responsável por cuidar e resolver, os problemas de outra criança. Ficara claro que eu, não mais atenderia chamados, caso o assunto fosse...Gabriela. Eu atenderia...caso fosse...minha filha. Hoje, a escola e eu, seguimos com um bom relacionamento, muito bom por sinal. Senti respeito pela minha filha e por mim. Senti respeito pelas opções de minha filha. Respeito pelo encaminhamento que dei, tentando demonstrar desde já...o que são boas amizades...e o que não são.
Hoje, ela segue em tranqüilidade total para a escola. Principalmente, por saber que a outra menina...estuda em outro período agora.
Juli.

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