quinta-feira, 10 de março de 2011

O que que é maconha, mamãe?

Em todos os canais, estava estampada a imagem do Rio de Janeiro. Pipocando no controle remoto, não havia o que assistir. Polícia de um lado, população de outro, exército chegando...era a guerra da droga. Eu não sei explicar o real motivo...mas minha filha, por alguns instantes queria ser “chefe de polícia”...antes mesmo do caso do Rio. Quando estamos no carro, fica feliz de ver uma viatura. Mais feliz ainda, de fazer um sinal de “tchau” para o policial.
Bom...eu não vou entrar em detalhes sobre esse assunto do Rio. Não é o objetivo do post. Mas, foi a partir daí, que surgiu uma dúvida na cabeça da criança e outra maior ainda...na minha. O jornal estava na cesta de revistas e jornais...com uma matéria enorme na sua capa. Não me recordo muito bem, mas o que sei...é que tinha a palavra MACONHA, em letras maiúsculas e de fôrma. A menina havia aprendido a ler.
- O que que é maconha, mamãe?  - ela perguntou, com toda sua inocência e pureza.
Eu realmente não sabia o que responder. Fiquei preocupada com o que deveria falar, e o que não deveria falar. Ela só tinha seis anos de idade. Eu fui sincera com a menina. Pedi que esperasse um momento para eu ver, como explicaria isso para ela, de uma maneira fácil para ela entender...Balançando a cabeça, concordou em esperar.
- Filha...maconha é uma droga – iniciei uma explicação cuidadosa.
- E o que que é droga mamãe? – perguntou com toda sua inocência.
- Droga, meu amor, é uma coisa que algumas pessoas fumam. Uma coisa que os traficantes, como esses do Rio de Janeiro, vendem – expliquei mais um pouco o assunto, sem abranger demais o tema. Não citei outros tipos de drogas, nem como eram feitos os usos.
- Ah tá... e faz mal?
- Faz muito mal. Para o corpo todo.
- E mamãe... quem fuma droga morre?
- Pode morrer sim. Não é uma coisa boa... faz mal né? – já dizia isso, com uma entonação na voz, dirigindo aquele diálogo para seu final.
- Nossa...eu nunca vou querer fumar maconha mamãe – respondeu sabiamente.
Procurei nesse diálogo não abranger muito o assunto. Acho algo delicado para ser muito explicado nessa idade infantil. As crianças são muito curiosas. Até que ponto ela poderia ter ficado curiosa em saber que efeitos são causados pela maconha? Preferi apenas, dar meu ponto de vista e direcionar a conversa com sutileza.
Outro dia, depois do banho, já instaladas para brincar na sala, surgiu outro comentário da pequena menina.
- Mamãe, hoje na rua tinha um homem que bebeu droga. Ele estava balançando assim (e fez um gesto até que engraçado no momento).
- É mesmo filha?
- É sim mamãe...ele bebeu droga.
- Credo.
E seguimos com nossa brincadeira.

Juli.

Um comentário:

Anne disse...

A melhor coisa mesmo é responder só o que perguntam, sem respostas muito elaboradas, né?
Foi o suficiente para o momento...
hahaha
bjos